Mas falava eu de aprisionamento. Quando algo me aprisiona, uma cena, um frame, uma única fotografia, não os deixo partir. Seguro sem saber para onde me virar, junto ao peito. Secalhar é simplesmente uma paixão enorme pela tranquilidade, pela não limitação, pela autoria, pela organização que advém da arte. Talvez seja muito mais que isso. Mas quando penso no que o cinema significa, ou não significa, ou surge tudo ou o nada. Porque sou consumida, aprisionada nas garras da cor, do som, da textura, do enquadramento. Da imagem mais pura ou tosca, do sentimento mais eloquente. Da vertigem dos fragmentos desgastados mas renovados em vida e morte, em explosão e vazio.
Quando a prisão é negra e escura, penso no poder do cinema. E a lente surge, a comover-me, a sugar-me. E sou eu.
Autentica poesia essas tuas palavras... Concordo plenamente!
ResponderEliminarobrigada :) até corei! ainda bem que concordas! bj
ResponderEliminar