segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Peter Jackson vs. New Line

Parece que as novas notícias não são tão boas como se esperava ao fim de tanto tempo de adiar respostas e decisões, e a meu ver deitou abaixo um dos meus desejos como amante tanto de cinema como de Jackson e do seu trabalho, e de respeito por muitos dos filmes distríbuidos pela New Line Cinema. Neste compasso entrego-me a Jackson, estou do lado dele.

Não, Peter Jackson não irá realmente realizar o The Hobbit, e isso deixa-me mais triste do que há muito me lembro de ter estado. Não apenas porque acho que justiça não tenha sido feita ao a New Line se ter recusado a entregar o projecto a Jackson, mas porque sinto realmente que a única pessoa capaz de trazer a magia de Tolkien na forma de 7ª arte ser realmente ele.
Talvez possa parecer exagerado, porque ainda contamos com uns Michael Bay e Steven Spielberg e outros que nos podem muito bem trazer um bom espectáculo aos olhos, mas para mim não é uma over reaction simplesmente porque dentro de mim não cabe mais nada que um respeito enorme por Peter Jackson e pelo seu trabalho, bem como uma emoção descontrolada pela sua própria paixão pelo trabalho de Tolkien e por querer mais do que fazer bom cinema, fazer jus ao universo criado por Tolkien e que foi acima de tudo o projecto da sua vida. Não há outro capaz de camuflar o amor ao cinema por um amor de uma obra que se vai adaptar, e isso é o que diferencia Jackson de todos os outros: faz cinema para ele e para nós, e não para a sua conta bancária.
A sério, estou ainda com um nó na garganta e uma tontura pendurada em toda a minha pele por não conseguir acreditar que a New Line por questões de orgulho recusar entregar o The Hobbit, sobre o qual tem direitos cinematográficos a Peter Jackson, quando sabe tal como milhões de fãs em todo o mundo (tanto dos livros como da trilogia em cinema) que não há mais ninguém para realizar este filme e todos os outros que sejam adaptações das obras de Tolkien da Terra Média.
Acho que acima de tudo, se toda esta questão, este processar, as idas ao tribunal e toda a questão de existir um compromisso que não tenha sido cumprido como deveria de ter sido, se tudo isso foi um desrespeito à obra de Tolkien e à sua magnífica criação que é a Terra Média desde Melkor a Gollum, então ainda o é mais o facto de não entregaram a criação do The Hobbit a Jackson que é o único que ama exarcebadamente a criação de J.R.R. Tolkien. E uma raiva cresce em mim.
E está bem assente que assim irá ficar. Peter Jackson não vai realizar o The Hobbit. A mim só me apetece não ir ver o filme quando ele sair, por mais exagerado que seja. Mas por mais que pela minha paixão por Peter Jackson e por cinema seja mesmo isso que me apeteça fazer, por outro lado tenho uma outra paixão imensa aos livros de Tolkien e pela sua existência. E por respeito penso que tenho de o fazer. Mas ainda assim vou guardar, penso, esta raiva contra a New Line para sempre.
Ao que parece, Ian McKellen, o feiticeiro Gandalf na trilogia do The Lord of the Rings estava com algumas reservas em aceitar o mesmo papel no filme The Hobbit sem a presença de Jackson. Mas Jackson achou que uma coisa não deveria levar à outra por mais que compaixão, respeito e amizade estivessem no meio.

"When Peter announced he had withdrawn from The Hobbit, he sent me an e-mail saying 'Because I am not going to do it, it doesn't mean you have to do the same. Of course, you must play Gandalf, whether I direct or not'", McKellen disse à Reuters.

Assim ao que parece se a New Line e o futuro realizador do The Hobbit, que permanece sem se saber qual será, o convidassem para permanecer como Gandalf, alguns anos que antecedem a luta do anel, ele iria aceitar de bom grado.

"I suppose if I am still functioning and working well, it is very likely I would be asked to do it and if I were, I would be very pleased to do it. I am glad to read that it is looking more and more likely ... I would be disappointed if they didn't want to have the original Gandalf.", acrestou ainda.

Ao menos um pouco do legado de Peter Jackson, se se concretizar vermos McKellen no The Hobbit, ainda nos vai ser possível respirar na futura adaptação da primeira obra de Tolkien acerca da Terra Média. Quanto a mim junto-me aos milhões de fãs que guardam um grito enorme de revolta no peito, que entoarei sempre que puder. Estou triste, realmente triste. Mas cinema é assim, e não é por isso que as paixões mudam. Desilusões tornam-se forças imensas que utilizar no futuro. E no futuro as utilizarei.

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