sábado, 22 de novembro de 2008

A poeira da incondicionalidade


O cansaço chocou-me tremendamente, fez-me ficar desconfortável quase todo o filme. Porque durante sessenta minutos cansei-me mais que correr a maratona. Terminado o filme apercebi-me o quão pessoal ele é; tanto que não poderia sê-lo mais. E é isso que cinema é, acima de tudo um retrato nosso, uma visão nossa. Um pouco de nós.

We've Never Been to Venice, em competição no Estoril Film Festival neste Novembro, foi uma experiência única. É claro que há uma perda sôfrega empregue na narrativa, mas há mais que isso. Há sofrimento e respeito, união incodicional, e acima de tudo uma mistura límpida de imagens, ambientes e mood. Os diálogos, quase inexistentes são simples, porque o têm de ser. Porque há coisas que não se explicam por palavras, porque a existência é frágil e com ela, também os nossos corpos e os nossos limites o são.

No fim, o tirar de dúvidas com Blaz Kutin, foi crucial; interessante como a visão pessoal de um criador pode alterar o impacto de uma primeira visualização. Interessante.

2 comentários:

  1. É um filme que quero ver brevemente!

    ResponderEliminar
  2. Caro Pause on Set,

    O Keyzer Soze’s Place convida o moderador deste blogue a participar na votação dos Óscares de Marketing Cinematográfico, iniciativa que nomeará o melhor em publicidade de Cinema no ano de 2008.

    A votação pode ser efectuada em http://sozekeyser.blogspot.com/2008/12/scares-de-marketing-cinematogrfico.html.

    Desde já, apresento o meu profundo agradecimento na tua disponibilidade para participar nesta iniciativa.

    Cumprimentos cinéfilos!

    ResponderEliminar

frames