domingo, 2 de novembro de 2008

Tudo à distância de um clique

Acho que tudo em Eagle Eye já foi visto em qualquer lado. Mas na verdadeira medida de seu entusiasmo, Caruso consegue o ritmo e o entretenimento necessários a que a premissa se cante ligeiramente diferente. A falta de lógica por vezes camuflada em correria, torna-se irrepreensível, mas apenas por vezes. Na sua maioria há uma confusão séria e pesada que não desaparece com as cenas que passam a uma velocidade estonteante.

Ainda assim Eagle Eye, pecando pela tentativa de se metamorfosear em algo maior, porta a catástrofe como uma metáfora, dando-lhe forma num corpo morto. Depois de Disturbia, filme maior em tudo que Eagle Eye, Caruso traz-nos uma narrativa contemporânea, demasiado pós 11 de Setembro, demasiado tecnológica e pouco orgânica. Os diálogos são apressados como tudo o resto, e um filme que não respira é um filme praticamente sem vida.

Num saco cheio de decisões sem sentido, Eagle Eye torna-se mais um blockbuster frio de mais para fazer a diferença. Talvez a premissa tenha sido oferecida cedo de mais, ou talvez tudo o que falte é brilho.

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