terça-feira, 6 de julho de 2010
Há uma certa magia, quando vemos Paul Newman e Robert Redford a dedilhar juntos um argumento grosseiramente consistente. Se são muito em separado, são um todo quando juntos, e mesmo na presença de um projecto constrangedoramente plausível e inteligente, tudo isso perde o sentido, quando enveredamos pela melodia visual da sua mecânica como dupla.
Em Sting, o monumento cinematográfico do seu tempo, temos a reunião da dupla; mas não é senão para mim uma fraude bem intencionada, onde se encontra na ligeireza, a chave do sucesso. Os acontecimentos merecem destaque temporal, e o crime é elevado ao seu estatuto humorístico, ao invés do gore, violência e do sangue.
Mas é Newman o filme, Newman e a surpresa conversão de estilo de George Roy Hill, oblíquo e vasto, supera os planos estáticos, e emerge com sedutora veia artística. Mas Newman, é Newman. E o brilho do filme, o seu desenlace estratégico advém da saudade de o termos no cinema internacional.
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Ainda não vi este THE STING, por acaso. Já vi foi o Butch Cassidy and the Sundance Kid, também do Roy Hil e com a mesma dupla de actores e gostei, embora não seja uma obra-prima ou um filme completamente extraordinário.
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
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