
Em Fur nada se espera mais que um final expectante e confuso; uma alegoria constante ao amor, uma alegoria à descoberta. E a obscuridade da beleza, que é emersa na alma humana e não na sua pele, desfia um conto de amor contemporâneo, quase eloquente.
Ver Nicole Kidman contracenar com Robert Downey Jr. é como ver dançar a valsa num jardim nu. Tudo o resto desaparece. Com uma realização belíssima, Fur foi uma descoberta. Desperta pela beleza do poster, abri as mãos ao projecto sereno, calmo, e sincero de Steven Shainberg.
Mais que uma biografia de um dos ícones fotográficos mais enigmáticos do século passado, a ascensão de Diane Arbus, Fur traça o espírito humano, os seus valores, a perdição do desejo e do perigo de uma colheita proibida. Gostei, é sincero.
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