sábado, 16 de agosto de 2008

A pureza catastrófica

Há filmes que me calam, completamente. Filmes que me absorvem e me deixam a certeza de que é o cinema que quero fazer durante a minha vida. Esses filmes metem-me medo, e cobiço a sua fórmula, a sua repetição, a perfeita sintonia. Os seus traços quentes e tão bem executados. A genuinidade do seu coração. Por isso acho que posso não ter grande capacidade para executar uma crítica aprazível, mas se me toca e me faz tentar respirar, se me tira o fôlego e me faz sorrir, é porque também em mim a arte sétima consome. 

3:10 to Yuma é um filme perfeitamente magistral. Magistral no seu retrato, limpo, transparente, mas inscrito num género que não me cativa particularmente, até o ter visto, e emaranhado em sensações demasiado complexas para me deixar dormir como deve ser. Secalhar exagero, tenho a sensação. Mas abri a mão e não largo. É sem dúvida um dos melhores filmes do ano que passou, só não percebo porque só o vi agora. Agora falta o original. 

2 comentários:

  1. Olá!
    Eu adoro o gênero, porém não tive de tempo de assistir a este. Gostei de sua sinopse e apressarei minha sessão deste filme.

    Como você diz que não é o seu gênero preferido, assista (ou reveja, se for o caso) a Os Imperdoáveis, de Clint Eastwood, um filme sublime.

    Parabéns pelo blog, acompanho de longe, mas acompanho!

    Abraços

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  2. andré leite

    eis um dos filmes que tenho na minha lista de espera há algum tempo, tenho realmente de guardar espaço para o ver e absorver.
    Obrigada pelo acompanhamento! :)

    Bj

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