sábado, 16 de agosto de 2008

Abstracto?

Por vezes o impacto que certas cenas paradas, a imagem que fica, causam, na revisão de um filme, choca-me. Sou particularmente ligada ao impacto emocional de um filme, ainda que com o tempo a arquitectura e estrutura técnica de um filme começem a ter também um impacto mais significativo, os meus conhecimentos alargam-se e dão maior autonomia e coragem ao diálogo sobre cinema. Mas na maioria das vezes, o que mais me enternece é a forma de como contar uma história se tornar a arte mais bonita do mundo, sem ser preciso ouvir nada. Apenas ver, colher com a alma o retrato feito, e aceitar que as coisas simples são simples, as brilhantes, as que duram.

Às vezes tenho necessidade de um desabafo maior. Há filmes que me mudam a perspectiva, as coisas abstractas são as mais duradouras, as coisas ocultas, imortais. Na verdade tenho uma visão simples, e uma aceitação ainda maior, do que para mim é bom cinema. Nem sempre se liga ao coração, admito. Mas a maioria das vezes, se se liga, arrasta-me com ele. E coração, leia-se, não significa obrigatoriamente amor.

3 comentários:

  1. Gostei das tuas críticas, se quiseres colaborar com o blog dois takes diz qualquer coisa por lá ;) Abraço fes.

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  2. Basicamente tudo o que escreves aqui no pause on set seria de interesse relevante para o dois takes se quisesses colaborar com o blog. Também poderias listar os filme que tens visto (criámos a secção "last seen"), críticas, etc. Se assim quiseres, passa lá pelo blog e indica o teu mail ;)

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